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Perguntas Frequentes

Claro! Um vocacionado é um vocacionado. Entrar em contato e visitar o mosteiro não torna ninguém um monge com vínculos formais. É justamente o primeiro contato, e posteriormente a visita, que lhe permitirá discernir não apenas a sua vida religiosa, mas também a sua vida espiritual como um todo.

Não! De fato, há muitos vocacionados que se sentem profundamente atraídos para a vida sacerdotal. Em nosso mosteiro, a vocação sacerdotal é extremamente necessária, uma vez que possuímos uma ampla gama de atividades pastorais. No entanto, note que o sacerdócio só é concedido pelo Abade a alguns irmãos, e apenas após a profissão solene. Além disso, uma vez ordenados, continuam sujeitos à vida regular e aos trabalhos manuais.

Se um vocacionado tem foco e se mostra solícito para com a comunidade, o tempo total até a sua profissão solene será de seis anos. Apesar disso, com base no direito próprio e universal, esse tempo poderá se estender por até treze anos.

No período formativo, os trabalhos manuais são voltados, principalmente, à limpeza e à manutenção do mosteiro e dos jardins internos e externos. 

Em nosso mosteiro, os professos solenes podem, segundo o desejo do Abade, realizar diversos trabalhos dentro e fora do mosteiro. Na clausura, os monges poderão desenvolver trabalhos na cozinha, na padaria, na loja do mosteiro, na sacristia, na hospedaria, em alguma arte que o monge saiba e se disponha a fazer para ser comercializada, no bosque etc. Fora da clausura, os monges poderão trabalhar no mosteirinho com a bovinocultura leiteira e com a produção agrícola em seus diversos produtos. Os padres, por sua vez, poderão desempenhar diversos trabalhos pastorais junto às paróquias de Itaporanga e Riversul, através das celebrações das missas, dos sacramentos da penitência e extrema unção e, em alguns casos, poderão exercer a função de pároco ou de vigário paroquial. Além disso, os monges, de uma maneira geral, poderão prestar algum auxílio, ainda que indireto, às entidades filantrópicas e outras instituições que contam com o auxílio do mosteiro, a saber: hospital, asilo, comunidade de reabilitação química, abrigo para menores, escolas etc.

Sim! Em nosso mosteiro os familiares de nossos irmãos são sempre bem vindos e esperados, em qualquer época do ano.

Os professos solenes têm licença do Abade para possuir e usar aparelhos eletrônicos segundo as necessidades pessoais. Os formandos, por sua vez, conforme instrução do Capítulo Geral da Ordem Cisterciense, ocorrido em 2022, poderão usá-los limitadamente; em nosso mosteiro, por exemplo, o seu uso é permitido apenas nos domingos.

Em algumas circunstâncias, a palavra “férias” poderá ser problemática no contexto da vida religiosa. Mas partindo do princípio semântico de que a palavra “férias” signifique “visita à família”, a resposta à pergunta é afirmativa. Os professos solenes têm direito a quinze dias anuais para visitar a sua família. Já os formandos não poderão visitar sua família até que façam a profissão simples, exceto em casos de óbito ou outras circunstâncias de natureza grave; essa orientação faz parte do programa formativo da vida monástica e visa ajudar o vocacionado a se desapegar do modo de vida anterior ao ingresso.

Charada: Dentro da tradição cisterciense, após a morte de um monge, a comunidade monástica continua rezando por um mês pela sua alma. Por quê?

Fazendo o que os santos fizeram: amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, um dia de cada vez. 

De fato, nós monges não estamos isentos de oscilações dos mais diversos gêneros. Por sermos desobedientes, rebeldes e anárquicos, fazemos voto de obediência, para estarmos crucificados com o Cristo obediente. Por sermos instáveis, volúveis e flutuantes, fazemos voto de estabilidade, por amor à comunidade, que é o corpo místico de Cristo. E por sermos fracos em virtude e em comportamento, e em tudo reprováveis, fazemos voto de conversação dos costumes, para que possamos agir interna e externamente como dignos de tal merecimento.

O Curso de Formação Monástica do Pontifício Ateneu Santo Anselmo é realizado anualmente em Roma, na Casa Generalícia da Ordem Cisterciense. Está aberto a todos os monges que se mostram interessados e aplicados aos estudos monásticos da tradição beneditina-cisterciense, segundo o parecer do Abade e da comunidade.

A vida religiosa e consagrada é missionária não em virtude do que os religiosos fazem, mas sim em razão daquilo que são perante a Igreja e o mundo. Jesus pediu-nos para ser sal da terra e luz do mundo. A função do sal é dar sabor, a função da luz é iluminar; da mesma forma, a função do religioso é ser um outro Cristo, que prega o Evangelho não tanto com as palavras e obras, mas sobretudo com o testemunho de vida. Eis a razão pela qual os monges foram os missionários que evangelizaram a Europa após a invasão dos bárbaros.

E por que não seria? A vida monástica possui seus momentos de convívio e de fraternidade, assim como seus momentos de silêncio e solidão. Da mesma maneira que um introvertido poderá ter dificuldade em conviver com os irmãos, o extrovertido poderá ter dificuldade em ficar sozinho. Dessa forma, a vida monástica se mostra um desafio para todos, sem exceção! O mosteiro é um ambiente propício para que possamos aprender a conviver conosco mesmos e com o nosso próximo.

É comum que um jovem possa ter medo de que a vida monástica o impeça de alcançar seus sonhos e objetivos futuros e de que a sua escolha irreversível o torne frustrado para sempre. Por quê? 

Simples, porque ele desconhece a natureza da vida religiosa. Ser monge não é um emprego que trará sucesso temporal a ninguém. Antes, é um estilo de vida crucificado com o Senhor. Um monge consciente não se importa com o seu futuro, pois para ele o que importa é o presente, é o agora, o qual lhe permite doar-se por completo para Aquele que o chama e que o espera. Por essa razão, o monge não só não teme a morte, como anseia por ela, a fim de estar completamente na presença de Deus, face a face.

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